Através dos olhos de Clarinda
6 de Janeiro
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 14/04/17 03:31
Editado: 14/04/17 03:47
Gênero(s): Drama Reflexivo Suspense
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 15min a 21min
Apreciadores: 7
Comentários: 4
Total de Visualizações: 1557
Usuários que Visualizaram: 18
Palavras: 2529
[Texto Divulgado] ""
Não recomendado para menores de dezoito anos
Notas de Cabeçalho

Hoje, visitei minha bisa-avó e, ela me contou uma de suas histórias. Aqui eu a repasso, claro que algumas coisas serão acrescentadas, no entanto, espero que eu consiga ao menos, captar esse passado e estas marcas.

Não quero que se divirtam, não hoje.

Capítulo Único Através dos olhos de Clarinda

Clarindinha - dez anos... Linda essa menina; Olhos verdes, cabelo bonito,seios que ameaçam crescer e corpo de boneca.

E lá se vai a Clarinda, brincando na terra, catando goiaba, correndo com os moleques, fazendo suas bonecas de palha, lá se vai ela, bonita que só vendo! Lavando a roupa no rio, esfregando-as nas pedras, colhendo o café, e... Que blusa mais apertadinha! Esmurrando os moleques atrevidos, se metendo em brigas com as meninas, pulando para cima e para baixo, com aquelas pernas...

Uma vez, Clarinda namorou um pião de roça, pois o pai dela, não queria que ela se casasse com algum italiano imundo, ele queria ter sangue mineiro fervendo na família. E lá se foi Clarinda, desde cedo levada a isto, sendo entregue a um homem aqui e ali, e eu lhe garanto - ela lutou o quanto pode.

Namorou o Manezinho (coincidentemente ou não, era o nome dele) até que um dia, estavam ambos voltando do terço, era um dia lindo, o céu azul, algumas nuvens varridas, o sol rachando as plantações, nenhuma pessoa a vista... O mineiro se aproximou dela, aos poucos, enquanto ela o observava. Ele ia e voltava. E ela confusa. Até que sem mais delongas, ele a atacou, apertou e apalpou os seios da criança, que mal tinham crescido.

E foi uma só.

Bofetada.

Clarinda atingiu-o certeiramente no queixo, no nariz, nos olhos, no estômago, e em todos os lugares que suas mãos pesadas e certeiras puderam alcançar naquele momento, até que aquele homenzarrão caiu no chão, em cima dos pés de café, confuso, atordoado, com a cabeça rodopiando e com a boca cheia de barro.

- Isso é pra você aprender a nunca mais me tocar! Eu nunca mais vou olhar na tua cara! E se você me aparecer aqui, te dou outra pior! - foi o que ela esbravejou, antes de sair correndo, mas, certa de que ele não levantaria dali por um bom tempo e, de que aquela surra doeria nele por tantos e tantos anos vindouros e, que se eles se encontrassem dali a quarenta anos, o rosto dele ainda estaria torto e sangrando.

O coração dela batia forte, querendo sair pelo peito, seu sangue estava petrificado, ela estava com medo e ao mesmo tempo se sentia tomada por uma onda inacabável de coragem; ela só não conseguia entender na verdade, a razão pela qual empurravam-na para os homens de barba, sendo ensinada a gostar de ser desejada, quando ao mesmo tempo, tinha absoluta certeza que seu corpo de menina devia ser respeitado.

Ela ficou ali, no meio do mato pensando e, os dias seguintes, ela seguiu pensando, olhando para a paisagem a sua volta, quando o cafezal e a colônia e as pessoas e as brincadeiras e aquele calor não faziam mais sentido algum. Ela ainda sentia seu braço doer, de tanto amassar aquele rosto.

Até que um dia, um outro dia, mais pra frente, o pai dela bateu as botinas no piso de casa, com seu bigode, ele declarou:

- O Manezinho tá vindo de Minas, pra acertar de casar contigo. - ele cuspiu as palavras nas bochechas da criança.

Os olhos verdes da menina, caíram quicando no chão e foram parar embaixo do armário. Sua boca secou. Seus dedos tremeram e veio a dor no estômago.

Ela não podia casar, marcou de ir tomar banho no riacho novo. Não, não, aquilo não era certo, todo mundo ia ficar esperando enquanto ela estaria se casando?

- Eu não vou casar com ele! - sua voz falhou, mas com certa força, prosseguiu - Eu jamais vou me casar com ele!

- Vai sim, ele já arrumou tudo, tá chegando aí!

- Eu não vou casar com ele não pai, não faça isso comigo! - seu coração ameaçava explodir de tanto que batia em seu peito, feito tambores de macumba.

- Vai sim, eu estou mandando! Se você não casar com ele, quem vai? Ele é pião, não tem casa, vive por aí, ele precisa de uma mulher como você.

- Eu sou criança, eu não vou casar com ele, eu já dei uma surra nele por quê ele passou a mão em mim, eu não vou olhar mais pra ele! - sua voz implorou enquanto seus olhos já se rendiam ao ódio e às lágrimas desobedientes que insistiam em cair, demonstrar fraqueza.

- Você vai casar com ele sim! Alguém tem de casar!

- Então casa o senhor! Casa o senhor com ele, vai morar com ele. - e com estas palavras claras, maciças e perigosas, ela se virou e foi embora.

E foi embora por muito tempo, sua mente foi embora, ficou congelada em cenários distantes, procurando resquícios de esperança.

Passaram-se três anos, e numa manhã que deveria ser comum, sua esperança tardia surgiu, dez anos mais velho que ela, com olhos profundos e boca pequena.

- Você quer namorar comigo? - o italiano indagou uma semana depois de ter chegado à colônia.

- Olha, eu quero - ela foi sincera, há muito o observava, e sorria sozinha pelos cantos, observando os detalhes do moço, tentando disfarçar um sorriso - Mas eu vou te explicar como funcionam as coisas...

Clarinda, agora com treze anos, um pouco mais crescida e mais esperta, contou sobre toda a situação, que mesmo depois de três anos, aquele embuste do Manezinho nunca tinha deixado de tentar ter algo com ela e que inclusive, fazia de tudo para casar com ela; ela também detalhou a seu amor, o quanto o pai dela odiava os imigrantes e que eles teriam de fugir dali e só assim, conseguiriam ser felizes.

Ufa.

Nardo, assentiu. E amou sua menina. E eles fugiram pouco tempo depois.

Estava escuro, Clarinda estava camuflada embaixo da árvore, com suas roupas e suas trouxas e um dinheiro que havia guardado - ela já o esperava ansiosamente há bons trinta minutos, o céu se mesclava em tons de azul escuro, preto e azul claro, a lua a vigiava, e as sombras passavam por ela, faziam-na tremer, a cumprimentavam com um "até logo" e se iam, andando até o final da estrada... Mas lá vinha o Nardo! Correndo, com um sorriso de orelha a orelha.

Eles se abraçaram, se beijaram, finalmente, ela parecia ter achado sua paz, ali naqueles braços singelos e magros.

Dias depois, eles se casaram (senão o Nardo seria preso, coitado) e não poderiam haver tempos mais felizes.

Ela tinha sua casinha, com seu fogãozinho de lenha, seu armário pequeno, suas duas panelas, dois colchões de palha com uns lençóis costurados por ela, uma mesinha quadrada com quatro cadeiras... E era tudo que ela precisava, passava o dia todo arrumando o quê organizar em sua pequena casa.

Os dias todos laranjas, repletos de amor, de bondade e proteção.

Ela passava as roupas com o ferro de engomar a carvão, as roupas não ficavam tão bem passadas, mas já era o suficiente; depois de horas dedicadas com todo o seu amor a engomá-las da melhor maneira possível, ela ajeitava cada calça na mala, já que não tinham dinheiro para um guarda-roupas.

Todas as manhãs, ela acordava ao lado do homem que ela gostava tanto, ele saía cedinho pra ir pra roça e ela saía atrás, prometendo trabalhar tão duro quanto ele.

Ele colhia cestos e cestos e não se importava mesmo quando olhava para trás e via sua esposa criança dormindo tranquila embaixo da árvore, com um sorriso pleno no rosto de quem finalmente só consegue ter sonho bom.

Quando a noite beijava o solo, Clarinda e seu marido saíam de casa, ele se sentava na calçada com seus parceiros e ela se punha a correr com o resto da molecada, brincava de pique, corria léguas, subia em árvores - as outras crianças achavam tão estranho ela já estar casada, mas ainda saber todas as músicas de roda, e os passes de corda, e os trava-línguas e os melhores lugares para se esconder...

Tudo corria bem, até que chega para morar naquela casinha dos sonhos, uma maldita velha espanhola. Sua sogra.

A menina tentou muito agradar a velhota, fazia a comida da maneira mais gostosa, a casa, sempre um brinco, sem uma folha no chão, sem um grão de areia para arranhar os joelhos, as roupas um véu, uma fofura de tão macias, brancas e passadas que estavam, as camas todas arrumadas, uma resposta sempre bem educada, um sorriso aqui, outro ali... Pois era a menina virar as costas que tudo ia para o chão. A comida, cuspida, as camas de palha, reviradas, as folhas espalhadas pela casa, as roupas amassadas, sujas, manchadas.

- Hijo, su esposa es una puta, no hizo nada durante todo el día. - a desgraçada com sangue nos olhos acusava a menina das piores atrocidades possíveis.

Nunca levava em conta quantos quilômetros Clarinda andava, o quanto seu corpo doía e o quão injusto era ela levar uma surra toda vez que a sogra mentia. Reginaldo, não mais Nardo, não mais querido, não mais amado, a esbofetava sem dó, e bebia e traía, e transava com outras na sua frente, e levava os marmanjos para acabar com toda a comida e se a comida acabava, a agredia, apertava seu pescoço, arrancava seus cabelos, chutava-a estando calçado com botinas, a pegava desprevenida e a forçava... A forçava a fazer aquilo, aquilo que não era mais romântico ou prazeroso, agora ele tinha ódio, ele tinha um demônio em suas costas e, com este demônio preso a carne dele, ele era capaz de fazer as piores coisas, arrancar sangue das veias e dos dentes dela, violá-la enquanto dormia, fazê-la desmaiar se ela não quisesse, arrastava-a no chão, culpava-a pelas desgraças, dava-lhe filhos e mais filhos, logo eram quatro, cinco, seis, oito, doze crianças chorando, pedindo colo, arroz, pão, dinheiro, sapato, carinho.

Havia barulho na casa, havia maldição no ar, enquanto o homem praguejava os infernos nos fundos, o próprio demônio vinha para se apossar dele e cada vez mais das esperanças da jovem Clarinda, que não tinha mais alma de menina, nem jovialidade e nem vontade de estar ali. Seus olhos presenciavam tantas coisas horríveis, cada vez que o homem passou pela porta de palha com o cão no couro - literalmente - ela já não sabia se deveria rezar.

Fazia de tudo por aquelas crianças, e brigava por aquele marido, colocava as prostitutas para fora de casa, e expulsava os marmanjos da mesa e trocava urros com a velha espanhola desgramenta, tentava manter sua sanidade, a memória das paisagens...

Como ela imaginaria, que aquele sorriso lindo, aqueles olhos bondosos, aquela boca que a beijou por uns tempos, seria a causa de todo o seu sofrimento, seria sua pior fraqueza, seria seu arrependimento...? Como ela imaginaria? Que aquele homem que desistiu de tudo por ela, por opção, agora a obrigava a desistir de seus sonhos, de sua vida, de suas vontades, de seu próprio corpo e até de comer comida - quando sobrava?

Com o rosto rasgado, muitas vezes a menina se escondeu entre as árvores, só pra poder ter tempo de respirar, ficou amiga das sombras que rondavam a floresta, dos barulhos, das estradas de pedra, dos uivos e do que a fazia espairecer.

Seu coração clamava por mais força, mas seus ossos se esfarelando não queriam mais ter outra chance para esperar o dia em que algo bom aconteceria.

Sim, ela de novo.

Esperança.

Esperança.

Ela que nunca se concretiza. Ter esperança significa esperar por uma cura, quando não há nada entre o céu e a terra, que te alivie, que te guarde, que te faça se lembrar de sua infância, pois você foi forçada a todas as situações, apenas enfiaram elas em sua boca, te ameaçaram com uma cinta de couro.

"Engole o choro, e aceita".

Clarinda já estava farta de esperar, sentada. No entanto, de tudo ela havia tentado, mas todas as possibilidades eram apenas um clarão de luz, beeeeeem distante dela, quase lá na Lua...

Talvez se ela se esticasse... Hm... Não, destenderia os músculos ainda mais, e não conseguiria alcançar. Nunca.

Se levantou do chão. Limpou as lágrimas, lavou o corte em seu rosto, lavou a boca com água fria, se despediu das sombras e voltou a fazer o que fora ensinada a fazer a vida toda: engolir e resignar.

Ela se tornou nublada, não, completamente tempestuosa. No entanto, a vida, às vezes nos dá algumas coisas e nos mostra caminhos para fugir da tempestade...

Caminhos limpos.

Cheirosos.

Sem vidro enferrujado para cortar a sola dos pés.

Sendo assim, chegou o primeiro filho homem da moça... Tão bonitinho, tão pequenininho... Ela o abraçava, sentia seu cheiro, o punha para descansar no colo, no peito, no coração, beijava-o, amava-o TANTO, mais TANTO, que até lhe faltava ar...!

Uma nova onda de esperança chegara... Cada junta de seu corpo sentia que era chegada a hora de ter paz, pois todas as vezes que ela pensou ter paz anteriormente, foi apenas ilusão, as esperanças e o nexo de se viver: vieram e foram numa só rasteira; ela sempre perdia a paz de vista, porém, de alguma forma, a danada sempre voltava.

Tudo estava bem.

Tudo como deveria estar.

Era uma paz boa, dessas que você sente abraçar até o ar.

Não tinha como um sentimento mágico desses ser passageiro, não?

Numa noite silenciosa, daquelas que faz o coração tremer... Ela ouviu um barulho que fez suas veias se encolherem.

MEÔÔÔUUUUUN- MÉÉÉÉÉÓNNNNNN!

E o barulho jamais parava, a perseguia por toda a casa, todos os dias, a fazia temer, a fazia chorar, tentar em vão trancar as portas e as janelas da casa de palha, juntar todas as filhas numa só cama, estar sempre preparada... Para quê...?

Era um gatão. Preto igual o breu, enorme, parecia um monstro. Ele não saía da casa por nada, ficava pairando sobre o berço do bebê, roubava a comida, bagunçava tudo, ele permaneceu miando por treze dias, até que... Acabou.

Silêncio total e absoluto.

Nada lá fora... Nada aqui dentro... Tranquilidade anormal. O único barulho era do bebê sugando o leite do seio dela, o chiado ínfimo da chama na vela, o coração dela batendo.

Clarinda estava ali. Vinte e tantos anos. Doze filhos. Clarinda ainda estava ali, sentada em seu banquinho, balançando o menino no colo, olhando fixamente... Para a parede.

A moça percebeu algo se mover.

Do seu lado? Atrás dela? Não... Bem a sua frente... Diante de seu nariz. A parede se deformando, o coração dentro do peito dela se encolhendo, ficando murcho e cinza, seus braços apertavam o menino contra o peito, ela tremia mesmo estando paralisada diante daquela visão aterrorizante - se formou ali uma sombra grande e negra, estufada como se fosse uma bolha de petróleo, com um chapelão gigante e preto. Aquilo saiu aos poucos de dentro da parede e flutuou no ar, deixando-se pingar no chão.

Olhou-a com os seus olhos enormes, sorriu com seus bilhares de dentes e... Assoprou a vela, que se apagou.

Clarinda saiu correndo com o bebê nos braços, tropeçando, chorando, gritando... Quando se deu por conta... Ele já não estava mais vivo.

Um filho morto, um coração em pedaços, uma alma ferida.

Sentia-se sem esperanças.

Sem mais vida.

Roubada de si mesma.

Apenas aguardando... Através das janelas... Temendo e ao mesmo tempo pedindo ao céu e a terra:

- Quando minha cura virá? - jogava a questão no ar.

Nunca tendo um retorno.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Talvez isso não demonstre tanta esperança. Mas acho que ter esperança significa esperar por uma cura, quando não há nada entre o céu e a terra, que te alivie.

PS1: as esperanças da minha avó mudaram, hoje, ela espera que o filho dela vá embora da casa dela com a esposa e o filho de quase trinta anos.

PS2: ela também tem esperanças de viajar para Minas de avião antes de morrer.

Obrigada por lerem!

Apreciadores (7)
Comentários (4)
Postado 29/04/17 21:25

A tristeza e o horror nos quais esta obra estão imersos são de um grau tão angustiante que chega a ser palpável. Chega-me a faltar palavras para descrever o que me acometeu ao término desta leitura.

Só não foi nada positivo, devo frisar.

É verdadeiramente muito admirável que Clarinda tenha nutrir esperança por tanto tempo e em situações tão adversas. Não é todo mundo que possuí tamanha resiliência. Não mesmo.

A carga emocional desta obra é algo fora do comum, Srta Janeiro e o modo como tal história se adequou ao tema do DQ faz com que a sua consagração como vencedora do mesmo seja mais do que merecida.

Eu normalmente a parabenizaria, mas desta vez apenas direi sinto muito...

Atenciosamente,

Um ser que está sem palavras, Diablair.

Postado 03/05/17 15:51

Eu estou sem palavras por que eu nem sabia que tinha vencido! HAHAHAHA, obrigada por tudo isso, por cada coisa que você disse, e sempre diz. Todos estamos sem palavras, hoje.

Postado 27/07/17 10:15

É realmente uma história fantastica no sentido não de ser algo bom o conteúdo, mas sim de me deixar sem palavras. Tanta força a garota tinha, tanta esperança, é admirável, mas, mesmo assim, triste.

Você repassou a história de um jeito incrível e, infelizmente, a história tem fatos reais. Se não o tivesse, seria muito bom apreciá-la.

Postado 31/07/17 20:37

Nós temos de ter a força das mulheres do passado, eu sou forte por elas, por vocês. Obrigada por esse comentário lindo e triste, como tudo por aqui.

Postado 05/09/20 22:15

Que narrativa fantástica, cheia de dor, sentimento, angústia, violência e medo!

Sua forma de expressão faz com que o leitor se torne íntimo da personagem e sinta na pele as suas dores e desesperanças.

Sentimos toda a doçura daquele amor e aquela tão frágil felicidade. Há uma imensa tristeza quando o sonho se desvanece e se torna um pesadelo tão cruel...

Só posso parabenizar-lhe pela primorosa narrativa!

E agora me surgiu uma curiosidade: leste este texto para a dona Clarinda?

Postado 06/09/20 17:54

Desde o início já podemos ver o quanto a história vai ser triste e sofrida... Mas somos quase que enganados pelo destino, igual a jovem Clarinda...

Temos uma visão de esperança quando ela se casa com um homem tão bom, que a trata tão bem... Mas depois tudo muda. Ou talvez, apenas se revela, né?

Eu não entendo como podem exitir sogras tão horríveis assim... Isso aperta meu coração e me enche de tristeza. E um marido que age desse modo é só um monstro estúpido...

Mas Clarinda é uma mulher forte... Sinto muito que tudo isso tenha acontecido na vida dela...

Obrigada por compartilhar conosco esse texto...

Você é maravilhosa, mocinha 6 <3