Juro que nunca mais jurarei em vão, por seu nome.
Juro não jurar, nunca mais te ver.
Juro não jurar nunca ter te amado.
Não juro que nunca não quis sua pele tocar...
Ainda hoje, ainda agora.
Juro que, da próxima vez, minhas afirmações farão mais sentido.
Vi seus olhos hoje, jurei nunca mais vê-los.
E ouvi sua voz aveludada saudar meu nome,
Juro que nunca mais te saúdo,
Observei novamente o seu andar encurvado,
Bambeando,
Creio que quebrei minha promessa
de nunca mais me importar com você...
Por qual razão você está mancando?
Você diz a ela que a ama?
Você a trata mal como me tratava?
Será que ela, mesmo presa em seu coração,
também jura em segredo que te odeia?
Seu nome ainda é proibido em minha boca,
selada de morte.
Se eu te proferir em minha língua,
sei que morro,
ainda hoje, ainda agora.
Mas ouso pensar em seu nome, em seus olhos,
em suas mãos - a única parte sua que meus dedos puderam tocar,
mas ouso pensar no que poderíamos ter sido,
que eu poderia ser ela, presa em seu coração,
que secretamente ainda jura, que jamais me amara.
Jurei que nunca mais escreveria sobre você,
jurei que queimaria as memórias,
os fantasmas,
banho de sal grosso,
sessão do descarrego,
hipnose,
behaviorismo,
apenas para cumprir a promessa,
que fiz há anos atrás,
de nunca mais deixar que minhas retinas e memórias,
toquem em você.